A União Nacional dos Estudantes – UNE, que realiza desde quarta-feira, dia 13, em Goiânia, o seu 52º Congresso (CONUNE), que está reunindo jovens de todo o Brasil e também de alguns países da América Latina, contou anteontem com a presença do ex-presidente Lula, ficou indignado pelo não cumprimento por parte dos Presidentes da UNE, Augusto Chagas e da União dos Estudantes Secundaristas – UBES, Yann Evanovick, à Severine Macedo, ex-Secretária Nacional de Juventude de seu partido político, o PT e atualmente Secretária Nacional de Juventude do Governo Dilma. Lula ressaltou em sua saudação, que Severine Macedo é “Secretária de Juventude do Brasil!”.
Com isso, podemos reviver os momentos de luta em que a “Juventude Brasileira” pelejou para garantir a criação de instrumentos que lançaram o embrião do que chamamos hoje de "Política Nacional de Juventude”. Os inúmeros momentos em que a juventude lutou para que hoje, a pasta em que a Companheira Severine Macedo ocupa, hoje em mais um desses momentos de afirmação da Política Nacional de Juventude, é que a crucifica. Permitindo que a falta de ética e porque não de educação, por parte dos companheiros Chagas e Evanovick, ambos conceituados Presidentes de duas importante e renomadas instituições de luta pela educação no Brasil, tenham tido uma atitude desrespeitosa e que não contribui em nada para a garantia dos direitos das Juventudes no Brasil.
A Secretaria Nacional de Juventude (SNJ), integrada à Secretaria Geral da Presidência da República, cuja responsabilidade é coordenar a Política Nacional de Juventude, além de articular e propor programas e ações voltadas para o desenvolvimento integral dos jovens, passa hoje por situações nunca vistas em seus poucos anos de existência.
Depois da Secretaria Nacional ter permitido a saída de seu único e maior programa de assistência aos jovens, o Projovem, que está na pasta desde sua criação em 2005, programa esse que foi pioneiro da política nascente, que fundamentou seu desenho numa compreensão atualizada da singularidade dos jovens e na articulação de ações ministeriais diferenciadas, buscando a todo custo realizar uma perspectiva de política integrada, é hoje a grande estaca que está mirada para a cruz que a até então, Secretária Nacional de Juventude, Severine Macedo carregará até a II Conferência Nacional de Juventude em Dezembro. Tudo isso, por ter permitido, sem resistência alguma perante aos olhos das Juventudes, a saída do Projovem de sua pasta para compor as políticas do Ministério da Educação. Isso porque sem dúvida alguma, para aqueles que acompanham essa política desde sua idealização e que estão em estado de choque, com tudo o que está acontecendo dentro da SNJ e que reflete direta ou indiretamente nas juventudes, não deixarão barato essa enorme perda para a juventude brasileira.
O tão pregado Desafio do Fortalecimento Institucional, que inclusive é um dos pilares chefes da II Conferência Nacional de Juventude, que agrega em sua história iniciativas importantes desde a instalação da Secretaria Nacional de Juventude, como a PEC da Juventude, que garantiu a inclusão do termo jovem na Constituição Brasileira, é a mesma que permite com que um grande programa que foi idealizado, criado e implementado em sua pasta, seja hoje, sem nenhuma luta, gerida por outra pasta.
No entanto, muitos jovens e especialistas em Políticas Públicas de/para/com as juventudes, se questionam sobre o futuro desta secretaria e da Política Nacional de Juventude. Qual será o futuro da Secretaria Nacional de Juventude no Brasil? Seguirá sem seu carro chefe, o Projovem ou será submetida ao status de mera assessoria de juventude do Governo Dilma?
Sobre o Futuro das Juventudes no Brasil, a esperança é que essa juventude desperte para o que está acontecendo diante de seus olhos e que está sendo camuflada pela esperança de que mais uma vez tracemos prioridades de políticas públicas para a juventude que se quer sairão do Fantástico Mundo da SNJ.
2 comentários:
É minha cara, trata-se tudo de uma política reducionista que vê apenas a questão da funcionalidade mais pratica e não os resultados.
Adenevaldo, Não vejo isso como uma política reducionista, mas sim como um grande retrocesso na Política Nacional de Juventude. Nós enquanto juventudes não podemos permitir que essa perda fique por isso mesmo. Temos que lutar, mostrar que podemos nos mobilizar pra lutar. Precisamos cobrar do governo explicações quanto a essa perda.
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