Segundo pesquisas do Instituto Juventude, de 2003, o Brasil possui cerca de 50 milhões jovens entre 16 e 29 anos, no qual 55% são de famílias que vivem oficialmente com menos de 1 salário mínimo por mês, 50% não estudam, e está nesta faixa etária 50% dos desempregados e desempregadas do país.
A situação na qual a juventude brasileira vivencia na atualidade, é um dos indicadores da moléstia social que nos acomete, uma vez que neste cenário figura-se uma crise ambiental sem precedentes. A juventude brasileira necessita urgentemente de Políticas Públicas.
Ao mesmo tempo, as pesquisas revelam que mudanças globais estão acontecendo nas mais variadas esferas mundiais e nos mais remótos lugares do mundo, tudo isso aponta para ações extensivas ao longo das próximas décadas, para a mitigação, adaptação e reversibilidade dos impactos da ação humana nos ciclos do planeta.
O Capítulo 25 da Agenda 21 Global, em seu artigo 2 aponta que “é imperioso que a juventude de todas as partes do mundo participem ativamente em todos os níveis pertinentes dos processos de tomada de decisões, pois eles afetam sua vida atual e tem repercussões em seu futuro.Além de sua contribuição intelectual e capacidade de mobilizar apoio, os jovens trazem perspectivas peculiares que devem ser levadas em consideração.”
Nesta perspectiva vê-se que a parte da população mais responsabilizada pelas profundas transformações dos modelos sociais nos curtos prazos viáveis, é justamente aquela menos formada, estruturada e apoiada para tal.
Assim, para uma intervenção eficiente contra o processo de auto-destruição das nossas sociedades, é fundamental que a Educação Socioambiental das juventudes, tão necessária para a transformação dos modelos de produção e consumo, tenha como frutos a geração de emprego e renda em outros modelos socioeconômicos, o acesso aos saberes, práticas e tecnologias para construção de sociedades sustentáveis, às tecnologias de informação, à fruição intelectual e cultural, etc.
No Brasil, a juventude organizada por meio de sistemas de redes, incorpora as principais estruturas sociais de proposição, monitoramento, avaliação e co-execução de Políticas Públicas de Juventude. Quando se tratando de políticas ppúblicas de juventude na área ambiental, a situação é ainda mais importante. Na atualidade existem mais de 300 jovens interligados no sistema de redes, procurando formas de reverter o quadro descrito acima e buscando meios de minimizar seus impactos na sociedade onde vivem.
A juventude brasileira, organizada e unida de forma a contemplar um momento onde se definirão as estratégias, as identidades, as prioridades e as formas de exercer o controle social e onde se poderá orientar as bases para a formação das juventudes brasileiras para o enfrentamento da crise socioambiental que agrava exponencialmente.
A Conferência Nacional de Políticas Públicas de Juventude bem como a III Conferência Nacional de Meio Ambiente realizadas em 2008 deliberaram como prioridade o Programa Nacional de Juventude e Meio Ambiente, que fomenta a formação de jovens para o enfrentamento da crise socioambiental e os espaços de participação das juventudes brasileiras na proposição e acompanhamento de políticas públicas.
O ano de 2009é extremamente propício para a Juventude aprimorar sua forma de contribuição à sociedade brasileira na construção de uma sociedade mais harmônica, justa, equitativa e sustentável.
2 comentários:
Gostei muito de seu posicionamento quanto a necessidade da participação da juventude na construção de um mundo mais justo.
Não desista de estudar, aprofundar e lutar. Estimule a outros jovens a fazer o mesmo.
Liliane Ribeiro (Conselho Municipal de Juventude de Niterói)
Obrigada Lili! Seguimos sempre na luta!
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