Transparecendo a Alma!

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Sozinha estou e sozinha estarei por mais acompanhada que eu esteja. A multidão não me influi, pelo contrário, me assusta. Porém, sua companhia ou sua ausência são igualmente bem vidas. Rostos, corpos, cheiros, sons, vozes, paisagens completam minha vida, alheia de todos, do mundo e de si mesma.

Minha cidade e meu povo são a moldura dos quadros que não pinto em nenhum dos dias da minha vida. Quadros nem grandes e nem pequenos, apenas retratos da vida de vários ângulos e de várias vidas simultaneamente retratadas através das fotografias que faço. Dias e noites não são passados em vão, sinto o amadurecimento correndo em minhas veias, com todas as conseqüências deste fato notório e inexorável.

Escrevo digitando, olhando apenas para a tela e ouvindo “Carry You a Home”, que me faz lembrar, não sei por que, a minha família, e o texto do blog se desenha sozinho, diante dos meus olhos e na minha frente: um texto de saudades, de lembranças, de construção de uma nova identidade.

A solidão impera...pois a felicidade está mais nos momentos de lembrança e de desfrutação dos momentos com os amigos; mas a solidão é estar aqui nesse lugar, lendo um livro, ouvindo música, sentada na frente do computador tentando atualizar o espaço virtual, com o Messenger ligado esperando receber um convite para conversar, é ter coisas para contar e não ter com quem conversar. Não necessariamente a solidão é triste; mas, como a felicidade, é feita de momentos...de solidão interior, de solidão externa, de quem está num lugar conversando, e em um momento se desliga e olha com outros olhos a situação que está vivendo.

Sozinha estou e sozinha sempre estarei. Para mim, a solidão é intrínseca a mim mesma. Não sei se isto é bom ou mau; mas sinto claramente que me iludo quando penso que em algum momento eu possa não estar sozinha… pois estar acompanhada é participar, se envolver e, eu ultimamente eu não tenho feito isso… fico olhando o mundo, analisando-o, fazendo teorias, observando as pessoas e vendo o que há de tipicamente humano, masculino ou feminino, não rotulando as pessoas, mas justamente querendo retirar dos casos concretos a base para minhas teorias…

Talvez eu não saiba viver, ou ainda viver como os outros vivem. No entanto, eu já sei extrair dessa maneira que eu vivo a minha maneira de ser feliz.

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Escrito em um momento de saudades de pessoas que passaram por minha vida, deixando suas marcas, seus ensinamentos, pessoas que já se foram, que não estão mais aqui, pessoas que deixam saudades sem ao menos explicar por que.

Sigo em meu legado de textos pelos caminhos que minha vida percorre. Nos mais longínquos pensamentos traspaçados para o mundo virtual.
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