Sobre amor, baratas e libélulas é o que falo agora!
Uma vez, estava eu a repousar meus lindos braços na janela da casa de uma amiga minha em Floripa, quando derrepente, sem mais e nem que derrepente, pousou a poucos centímetros do meu braço, o que eu poderia chamar de: Barata, Besouro ou mesmo uma Libelula. Melhor dizendo e com toda a certeza do mundo do meu medo: era alguma coisa que voa!
Na hora, eu não sabia ao certo se aquilo era uma libélula, uma barata, besouro ou uma cigarra, ou um inseto gigante qualquer. Nunca soube, e os poucos segundos que perdi tentando classificar o bicho foram suficientes para que ele sumisse. Bateu asas e escafedeu-se entre o nada que tinha alí.
Eu tenho uma ligação especial com coisas que voam. Foi correndo atrás de dinheiro que levei os milhares de esporros que tomei do meu Pai ao implorar pelos seus míseros cruzadinhos, centavinhos, realzinhos, dolarzinho e agora Eurozinho. Tudo o que eu queria era ver esse treco que voa, objeto não identificado ao certo bem longe de minha humilde pessoa. Certamente que não me fazia nem ao menos cócegas ao tentando identificar o que era., Besouro, Barata, Cigarra ou “seja-lá-o-que-fosse”.
Se a necessidade de classificar esse objeto não identificado voador me rendeu dias de imaginação e anos para me lembrar de postar aqui essa cena da minha vida, imagino o que me aconteceria se eu ficasse tentando classificar meus sentimentos. Inclusive, me cansa ver por todo lado gente tentando diferenciar um sentimento do outro. Se é amor, amizade, namoro, rolo, beijo, ficada, passatempo… Não tenho a mínima idéia, e nem quero ter! São inúmeras as espécies de relacionamento e a tentativa de classificar a todo minuto algo que, ás vezes, é simplesmente inclassificável pode resultar em muito mais do que anos para se lembrar dessa cena e postar aqui pra todos saberem.
Ás vezes, perdemos a noção de que cada minuto da nossa vida pode ser o derradeiro, de que cada ligação telefônica pode ser a última, bem como aquela pessoa, de quem você ainda não sabe se gosta, pode ser o seu último romance.
Lulu Santos pediu, a gente obedece:
“Hoje o tempo voa, amor
E escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
E não há tempo que volte, amor
Vamos viver tudo que há pra viver
Vamos nos permitir!”
O amor é uma libélula, uma barata, uma besouro, é algo que pousa na nossa janela pouquíssimas vezes. Corra atrás do seu objeto que voa, sem medo de se machucar. Viva o seu romance. Viva o seu último romance. Viva a Vida, Viva Sem Crack!
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