Pensando na foto e imagem perfeita, descobri que a mais bela é sempre a que arquivamos em nosso coração. E que ao fechar os olhos, podemos ainda assim, vê-la se movimentando, com cada cor. É possível até sentir a mesma emoção. Um dia caminhando pela praia de Ipanema / RJ, direção ao Arpoador, pude me encontrar novamente, e viver uma adorável fotografia do passado. Onde cada peso, cada medida, mensurava apenas a intensidade do que de melhor havia guardado no arquivo do meu coração. Nem mesma a chuva fina que batia no meu rosto, pode me roubar o calor das lembranças desse meu passado, agora tão distante.
O Rio de Janeiro é mesmo lindo, mais a beleza que me maravilhara, que não resumia-se apenas na geografia que me era apresentada. Pareço uma turista, falando de minha própria casa. O fato é que tornei-me turista de meu interior, poeta e romântica. Turista de mim mesma.
As fotografias renovam-se em meu álbum de lembranças, transformam-se a cada instante. Tornando - se cada dia mais coloridas e surpreendentemente interessantes. E algum dia elas serão mais uma vez lembranças.
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